64% das mulheres mudariam planejamento familiar se realizassem exame que pode fazer “previsão da fertilidade feminina”, diz estudo

Especialmente na faixa etária entre 30 e 34 anos, entrevistadas modificariam seus planos se soubessem ter baixa reserva ovariana

A carreira profissional é cada vez mais importante na vida das mulheres e uma pesquisa divulgada em 2019, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou a taxa de participação delas, em relação à força de trabalho, que já atingia 54,5%. Assim, o adiamento da gravidez vem sendo visto como a melhor opção, mas vai de encontro a uma reserva ovariana em declínio, posto que, diferente do homem, que dispõe de gametas a vida inteira, a mulher apresenta um tempo definido para a produção de óvulos.

Na prática, o que acontece é que, a cada ciclo, centenas de óvulos são preparados, mas a mulher ovula apenas um, morrendo o restante. E, ao contrário do que se possa imaginar, esse estoque não se renova a cada ovulação, de modo que conforme transcorrem os anos, só ocorre a perda dele. Nesse sentido, uma espécie de “previsão da fertilidade feminina”, obtida por meio de um exame, seria o ideal, já que auxiliaria em muito no planejamento familiar. É justamente o que proporciona a análise que dosa o hormônio anti-mülleriano (HAM), e conforme constatado pelo mais recente estudo da Famivita, 64% das mulheres, ou seja, duas em cada três delas, antecipariam seus planos de ter filhos, se o exame apontasse baixas chances de engravidar no futuro.

Especialmente na faixa etária entre 30 e 34 anos, as entrevistadas modificariam seus planos, com 71% delas afirmando isso, se porventura efetuassem o exame e ele apontasse menor probabilidade da gestação, como resultado de uma reserva em queda. Já no que se refere às mulheres que estão tentando engravidar, 76% endossaram que mudariam seu planejamento familiar, caso fizessem a análise e soubessem que a sua reserva ovariana estava em franca diminuição.

Os dados obtidos por estado mostraram que especialmente no Paraná as participantes mudariam seus planos, com 72% respondendo positivamente. Já no Mato Grosso, esse número foi de 48%. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, 69% e 63% das integrantes do estudo, respectivamente, enfatizaram que fariam o planejamento familiar de um modo diferente se o exame denotasse uma fertilidade em queda.

Vale ressaltar que, em geral, o ponto alto da fertilidade da mulher é visto na medicina como aproximadamente dos 18 até os 28 anos, dado que a reserva ovariana estaria no auge. Já entre os 32 e 35 haveria um bom potencial para a gestação, mas dessa idade até os 37, se dá uma redução acentuada referente à quantidade e qualidade dos óvulos. Tal cenário pode inclusive trazer uma maior possibilidade de riscos, especialmente a partir dos 40 anos.

A análise do hormônio anti-mulleriano se configura, assim, como uma ferramenta muito útil, especialmente quando é premente o dilema entre a carreira e as crianças, até mesmo porque, para aquelas que sonham em ter filhos, as consequências do adiamento da gravidez podem ser devastadoras, se for descoberto tarde demais que não há mais como obter a gestação naturalmente.

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