Diagnóstico precoce, estilo de vida saudável e opções terapêuticas assertivas garantem mais qualidade de vida às pacientes
Para reduzir a incidência e a evolução de doenças que afetam a saúde feminina, é fundamental implementar ações preventivas, reforçar a importância do diagnóstico precoce e escolher o tratamento ideal para que as pacientes tenham mais qualidade vida e as chances de cura aumentem.
Veja três doenças comuns entre as mulheres e os respectivos diagnósticos e tratamentos.
Câncer de Mama
O câncer de mama é a neoplasia com maior incidência, exceto o câncer de pele não melanoma, entre as mulheres. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2022 o número de novos casos de câncer de mama representaram 30% do total de tumores malignos acometidos no público feminino.
Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), gestora de serviços de diagnóstico por imagem, o número de exames de mamografia realizados nas unidades onde a instituição atua, em São Paulo e Goiás, apresentou aumento de 30,5% em 2022.
Além do estilo de vida saudável, com dieta balanceada e atividade física, redução do consumo de álcool e reposição hormonal sem acompanhamento médico, os exames de rastreamento são fundamentais para a redução do agravamento da doença. Para Dra Vivian Milani, médica radiologista da FIDI, especialista em saúde da mulher, além do autoexame, é muito importante que os exames periódicos sejam sempre realizados porque nem sempre o nódulo é o único sintoma do câncer de mama. “Existem alguns nódulos e calcificações não palpáveis que só podem ser detectados por meio da mamografia”, alerta.
O diagnóstico precoce vai contribuir para um tratamento mais assertivo e para aumentar as chances de cura. “O uso de biossimilares, em terapias conjugadas com quimioterapia, tem combatido, de forma bastante eficaz, o câncer de mama, bem como contribui para a ampliação do acesso a tratamentos oncológicos”, comenta Maria Cristina Figueroa Magalhães, oncologista parceira da Biomm, pioneira em biomedicamentos no país.
De acordo com a especialista, o tratamento com trastuzumabe apresentam resultados muito positivos para casos de câncer de mama em estágio inicial bem como metastáticos, independentemente da fase da doença. A terapia com trastuzumabe pode ser aplicada antes ou após a cirurgia e ser associada à quimioterapia, hormonioterapia ou a outro anticorpo.
Endometriose
Dados da Associação Brasileira de Endometriose apontam que de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) correm risco de desenvolver endometriose, apresentando 30% de chance de terem dificuldade de engravidar.
Esta doença é caracterizada pelo funcionamento anormal do organismo, fazendo com que as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, migrem para os ovários ou cavidade abdominal. Os sintomas mais comuns são cólica, dor pélvica crônica, dor na relação sexual, infertilidade e alteração nos tratos intestinal e urinário.
O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. “O ultrassom e a ressonância magnética são amplamente utilizados para confirmar a endometriose, já que permite a visualização das lesões”, esclarece Melissa Kuriki, diretora da área médica da Fujifilm.
O tratamento se baseia em analgésicos e anti-inflamatórios para amenizar os episódios de dor. Há casos que precisam de bloqueio hormonal ou intervenção cirúrgica.
Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
A síndrome dos ovários policísticos é uma doença causada por disfunção hormonal e pode ocasionar irregularidade menstrual, aumento anormal dos níveis de hormônios masculinos no corpo da mulher (clinicamente conhecido como hiperandrogenismo), microcistos nos ovários e, em casos mais graves, infertilidade.
O diagnóstico é feito por meio de ultrassom transvaginal e exames laboratoriais para identificar a dosagem de hormônios. Embora não tenha cura, há tratamentos bastante eficazes para garantir a melhoria da qualidade de vida, como uso de medicamentos para controle da produção de hormônios masculinos, do ciclo menstrual e da fertilidade.
“A tecnologia tem permitido que os exames de imagem apresentem cada vez mais acurácia nos diagnósticos e o ultrassom transvaginal analisa com precisão a saúde dos ovários e do útero, permitindo que os médicos definam o melhor tratamento de acordo com os perfis das pacientes” explica Melissa Kuriki.