Conheça os tratamentos para quem possui baixa reserva ovariana

Você sabia que as mulheres já nascem com um número pré-definido de óvulos e durante a sua vida reprodutiva, a quantidade presente em seu ovário vai diminuindo, chegando ao “alerta vermelho” por volta dos 35 anos? Por esse motivo que recomendam tratamentos de reprodução assistida, como o congelamento de óvulos, assunto que está super em evidência.

De acordo com o especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, é normal e inevitável que a mulher perca óvulos em cada ciclo menstrual.

“A partir dos 35 anos, tanto a perda da quantidade quanto da qualidade desses óvulos se intensifica, assim com o passar dos anos, a fertilidade vai decaindo, até chegar na menopausa, que ocorre quando a mulher para de ovular. Sendo assim, no fim dos 30 e início dos 40 anos, o estoque de óvulos no corpo feminino está bem menor do que antes dessa fase”, explica.

Caso a mulher já tenha passado dos 35 anos e ainda não conseguiu engravidar de forma natural, é importante que seja procurado um especialista em reprodução humana, para que possa ser realizado os exames para avaliar a situação da reserva ovariana da paciente.

Segundo Frantz, o principal fator que contribui para a baixa reserva ovariana é a idade.

“Mas, além da idade, também existe outros fatores bem importantes que  necessitam de atenção, como cirurgias ovarianas em função de cistos e endometriose, tratamentos oncológicos como quimioterapia e radioterapia, hábitos de vida prejudiciais como o tabagismo, fatores hereditários como doenças genéticas, doenças autoimunes e entre outros”, explica Frantz.

O especialista afirma que mulheres com baixa reserva ovariana não possuem sintomas na maioria das vezes. Mas pode-se ter um reflexo no ciclo menstrual com diminuição do fluxo ou encurtamento do período.

Exames

Para avaliar se a mulher realmente está com baixa reserva ovariana, é preciso realizar os seguintes exames: ultrassonografia transvaginal, FSH Basal e Hormônio antimulleriano.

No caso da ultrassonografia, ela avalia o número de folículos do mês em que está sendo realizado o exame.

“Esse exame deve ser feito no 2º ou 3º dia do ciclo menstrual. E quanto mais folículos, maior é a reserva ovariana. Os folículos são as estruturas ovarianas nas quais os óvulos se desenvolvem”, afirma Frantz.

Já o segundo exame, o de FSH Basal é um exame de sangue que deve ser realizado entre o 2º e o 5º dia do ciclo menstrual e mede a quantidade do hormônio folículo-estimulante, que tem como função ser um indutor natural dos ovários

Caso o exame indique altos níveis desse hormônio, é um indicativo de que a reserva está baixa. Porém, ele não é um marcador de qualidade dos óvulos.

O terceiro exame é o que avalia a quantidade de hormônio antimülleriano. Ele é produzido pelas células dos ovários responsáveis por regular o desenvolvimento e crescimento dos folículos. Ou seja, se houver uma grande quantidade de folículos no ovário, maior a reserva ovariana e a concentração sanguínea de antimulleriano.

Tratamentos e possibilidade de engravidar

É possível que uma mulher consiga engravidar sim mesmo possuindo uma baixa reserva ovariana. Porém, o fator que mais prejudica é a idade por conta da qualidade desses óvulos.

Para a mulher que não conseguir engravidar naturalmente mesmo com a baixa reserva, pode-se optar por três tipos de tratamento de reprodução após a avaliação com um profissional: fertilização in vitro, congelamento de óvulos e a ovodoação.

Na fertilização in vitro, as mulheres precisam fazer uso de medicamentos hormonais para que se tenha um estímulo da ovulação e dessa forma possam ser coletados a maior quantidade de óvulos possível. Nos homens, é utilizado amostras de espermatozoides ou por meio da masturbação ou de uma punção testicular. E no laboratório o óvulo é fertilizado com o espermatozoide para ocorrer a formação do embrião. Após se tornar um blastocisto, ele é transferido ao útero.

O congelamento de óvulos é utilizado por mulheres que já estão próximas da idade na qual a reserva ovariana está mais baixa e também por mulheres que querem adiar a maternidade para o futuro, sem correr o risco de estar sem reserva. Assim como a FIV, são realizadas estimulação por meio de hormônios para que sejam coletados e criopreservados o maior número de óvulos possíveis.

“No caso da ovodoação, ela é uma opção no caso de mulheres com baixa reserva ovariana causada por idade avançada, falência ovariana precoce, tratamentos oncológicos e doenças genéticas”, conclui Frantz.

NOTÍCIAS
MAIS LIDAS

Cerca de três milhões de pessoas são usuárias de vape no Brasil. Dados apontam que hábito pode…
Ginecologista Loreta Canivilo explica causas, prevenções, tratamentos e sintomas de candidíase, vaginose bacteriana e infecções urinárias Assim…
Tatiana Mattos é enfermeira e gestora da clínica Origen BHA Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que…
Bettina Boklis, empreendedora, consultora de marketing, escritora e mãe solo, lançou em 2021 seu primeiro livro, “Maternidade…

CADASTRE-SE PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER E REVISTAS