A Hora de Engravidar: Novas formas de promoção à fertilidade feminina através da medicina integrativa

Abordagens integrativas se mostram grandes aliadas para mulheres que querem engravidar e que possuem problemas de fertilidade

A promoção da fertilidade feminina tem ganhado destaque em discussões de saúde pública e planejamento familiar, com avanços na medicina reprodutiva oferecendo esperança a milhões de mulheres. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentam dificuldades para engravidar, sendo que fatores relacionados à saúde feminina, como doenças ginecológicas e a idade, desempenham um papel crucial. A conscientização sobre o impacto da idade na fertilidade tem sido essencial, já que as chances de concepção naturalmente diminuem significativamente após os 35 anos. Mas não é apenas a idade que afeta a saúde reprodutiva.

Estudos recentes indicam um aumento no número de mulheres que recorrem a tratamentos para engravidar. Um levantamento do Instituto Nacional de Estatística do Reino Unido mostrou que o uso de tecnologias de reprodução assistida dobrou nas últimas duas décadas, com destaque para mulheres na faixa dos 35 a 39 anos. No Brasil, dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelam que o número de ciclos de FIV realizados no país cresceu 20% entre 2020 e 2022. Para Dra. Helena Campiglia, médica especialista em medicina integrativa e saúde da Mulher, “a disseminação de informações tem levado mais mulheres a considerarem a questão da fertilidade antes que suas reservas ovarianas sejam significativamente reduzidas”.

Hoje em dia a alimentação carente de nutrientes adequados, o uso indiscriminado de pesticidas e outras substâncias tóxicas disruptoras endócrinas (como pesticidas, herbicidas, plásticos contendo bisfenois e phtalatos, etc), falta de rotina, falta de sono de qualidade e estresse elevadíssimo afetam diretamente a fertilidade de homens e mulheres.

Promover a fertilidade significa muitas vezes fazer mudanças em estilo de vida, auxiliar a nutrição e quando necessário suplementação. O casal que deseja engravidar idealmente precisa começar a corrigir tudo isso de 3 a 6 meses antes da gestação, não só para promover a fertilidade como também para melhorar as condições de saúde da futura gestante e do seu bebê.

Mulheres que compartilham abertamente suas experiências incentivam outras mulheres a buscarem apoio médico e discutir suas dificuldades. “Tais histórias ajudam a desmistificar o problema da infertilidade e mostram caminhos para realização do sonho da maternidade, independentemente dos desafios enfrentados”, ressalta Dra. Helena, que além de médica é também professora da Universidade do Arizona.

Em “Medicina Integrativa & Saúde da Mulher”, seu terceiro livro, Dra. Helena Campiglia traz abordagens e soluções mais sustentáveis e menos invasivas através de terapias complementares como nutrição, estilo de vida, suplementação, acupuntura, meditação, práticas mente-corpo, fitoterapia, e técnicas de relaxamento em conjunto com a medicina convencional. Como e quando escolher e associar esses diferentes caminhos é o fio condutor dessa obra que esclarece muito sobre a saúde da mulher.

O diferencial da medicina integrativa está em tratar os pacientes como um todo, através da promoção do autocuidado e da prevenção – esta última, dona de grande importância já que trata previamente os desequilíbrios que podem levar às doenças e não ataca somente os sintomas. Essa união de abordagens também oferece maior autonomia às mulheres, que passam a ter mais ferramentas para gerenciar sua saúde de forma ativa e consciente.

 

“Propor modelos integrativos para uma medicina baseada em doença, e não em saúde é um enorme desafio. Meu desejo é que este livro possa acrescentar reflexão, profundidade e conhecimento à prática de muitos profissionais da área e que isso se reflita na vida de seus pacientes.” – Dra Helena Campiglia

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