Como saber se é a hora de congelar óvulos?

A maternidade é uma escolha que muda para sempre a vida de uma mulher, desde as características físicas e fisiológicas durante os 9 meses da gestação como também no funcionamento da mente feminina e até mesmo na carreira. Muitas mulheres adiam o sonho de se tornarem mães para priorizar a vida profissional, já que o mercado ainda é um pouco injusto em relação a mulheres e à maternidade.

O principal problema desse adiamento é quando a mulher deixa o tempo passar sem perceber que o seu relógio biológico também tem um limite. Diferentemente dos homens que possuem uma produção vitalícia de espermatozoides, as mulheres nascem com um número de óvulos pré definidos e que com o passar dos anos vai diminuindo, chegando ao “limite” em média a partir dos 35 anos, idade que a reserva ovariana começa a cair drasticamente.

Para que a mulher possa preservar a sua fertilidade, apesar do assunto não ser muito disseminado em consultas ginecológicas, o congelamento de óvulos é a melhor opção para quem quer engravidar futuramente ou ainda não sabe se quer engravidar, mas que para não sofrer as dificuldades e consequências da perda da qualidade e quantidade de óvulos decide optar pelo procedimento.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2020 a 2021 mais de 21 mil ciclos foram realizados e 154 mil óvulos foram congelados. Os números mostram o crescimento na demanda pelo tratamento.

O especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, responsável técnico da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, cita alguns pontos que podem influenciar na hora de uma mulher:

“Entre alguns pontos estão o investimento na carreira, planos futuros que não incluem criança no momento, não estar preparada e não ter certeza de querer vivenciar a maternidade”, aponta Frantz.

Se você se identifica com esses pontos, é importante procurar um profissional especializado, que explique todas as etapas do tratamento e o que pode ocorrer.

Atualmente, a porcentagem de sucesso do congelamento de óvulos é de 95%, mas existem inúmeros fatores que podem influenciar na concretização do procedimento, sendo um deles, a idade da mulher no momento do congelamento.

“A possibilidade de uma gravidez futura em mulheres que congelarem seus óvulos depois dos 38 anos de idade é menor do que em mulheres que fizeram o procedimento mais jovens”, explica Frantz.

Por este motivo, o quanto antes a decisão do congelamento for tomada, maior a probabilidade do procedimento obter sucesso, já que ao descongelá-lo e transferi-lo para o útero já implantado, independente da idade que a paciente tiver a “idade” do óvulo será a mesma de quando foi coletado.

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