Com sede em São Paulo, entidade é formada por médicos brasileiros e experts internacionais e pretende estimular um ambiente de aprendizagem e implementação de VBHC no Brasil e demais países da América Latina
Formada por conhecidos médicos brasileiros e experts internacionais, a Academia VBHC, (Value-Based Health Care, algo como Atenção à Saúde Baseada em Valor) é um entidade que foi criada em 2021 em São Paulo, com o objetivo de ser um catalisador e conectar os diferentes agentes do ecossistema da saúde, incluindo pacientes, profissionais e entidades para estimular um ambiente de aprendizagem e implementação de VBHC no Brasil e demais países da América Latina.
Fazem parte da academia médicos brasileiros como Marcia Makdisse, Pedro Magalhães e Henrique Diegoli, experts internacionais e nacionais, como o Professor Sir Muir Gray, Chief Knowledge Officer da Academia VBHC do Reino Unido, o Dr. José Henrique Germann Ferreira, ex-Secretário de Estado da Saúde de SP (que esteve à frente da pasta quando do início Covid 19) que é senior advisor da entidade e a enfermeira Maria Lúcia Teixeira Ramos, responsável pela gestão de projetos.
Segundo a Dra. Marcia Makdisse, uma das fundadoras, a Academia atua em três importantes pilares: educação, pesquisa e consultoria em VBHC. “Dentro do DNA de educação que a academia possui, repassamos nossos conhecimentos através de cursos online e presenciais, treinamentos para equipes, masterclass, conferências para entidades públicas e privadas”, explica a médica, que também é cardiologista de formação.
A estratégia de Value-Based Health Care parte do princípio que o Valor deve ser demonstrado em termos de melhores resultados em saúde alcançados pelos pacientes a um custo adequado. Dessa forma, VBHC demanda uma nova forma de cuidar dos pacientes, mais integrada e coordenada e que cubra ciclos completos de cuidado e não apenas eventos isolados, como por exemplo a internação para fazer uma cirurgia. O novo modelo deverá incluir o acesso a um diagnóstico correto e seguro e se a recuperação após a alta ocorreu sem complicações e se o paciente recuperou sua qualidade de vida.
VBHC tem ganhado cada vez mais a atenção de gestores no setor de saúde, uma vez que quanto mais integrado o cuidado e melhores os resultados em saúde alcançados, maior será o valor gerado para o ecossistema de saúde em decorrência da redução do desperdício no uso dos recursos.
Porém, para sustentar o novo modelo será necessário rever e readequar o sistema de remuneração para médicos e hospitais. Isso porque, atualmente, a remuneração desses grupos é baseada na quantidade de pacientes atendidos. Esse é um dos motivos, que os indicadores de saúde têm apontado baixa eficiência no atendimento ao paciente. Com o VBHC, essa remuneração passa a ser baseada no valor gerado ao paciente. Ou seja: quanto melhor for o cuidado e acompanhamento, melhor será a remuneração.
Nesse sentido, a Academia oferece, entre outros serviços, análises econômicas em Saúde, já que seus membros possuem sólida formação nesta área. “Estamos focados em transformar os desafios em estratégias de inteligência de negócio, preparando pessoas, prestadores, indústria, operadoras e instituições governamentais para o futuro de eficiência e sustentabilidade dos sistemas de saúde”, explica o Dr. Henrique Diegoli, outro fundador da Academia. São atuações em revisões sistemáticas e meta-análises, análises de custo-efetividade e de impacto orçamentário, estudos de custo, entre outros.
O outro fundador Dr. Pedro Magalhães, reforça ainda, que a equipe da Academia possui experiência em várias disciplinas, o que propicia que a entidade tenha uma visão abrangente das interações de valor, economia e mercado de saúde, ajudando a transformar desafios em estratégias de inteligência de negócio, preparando pessoas e empresas para o futuro. “Acreditamos que a nova cultura de “valor”, que abraça cuidados de alta qualidade e controle do custo, deve ser implementada de maneira customizada, colaborativa e adaptada para cada contexto da saúde”, detalha o médico.