Tratamentos incluem prótese maleável que pode ser utilizada por todas as idades e tem cirurgia coberta por planos de saúde
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontam que queixas relacionadas à ereção atingem 50% dos homens depois dos 40 anos e cerca de 16 milhões de brasileiros. Essa condição impede uma vida sexual satisfatória e costuma vir acompanhada de outras alterações, como ansiedade, depressão e problemas de autoestima e autoconfiança, aspectos que comprometem muito a qualidade de vida do paciente.
Diversos fatores podem desencadear a disfunção erétil: causas psicológicas, vasculares, farmacológicas, neurológicas, hormonais, anatômicas e até mesmo traumáticas, quando há uma lesão peniana. E ainda que ela se manifeste em tantos homens, segue sendo um tabu, o que dificulta a procura por ajuda profissional.
Segundo o Dr. Carlos Bautzer, urologista que atua no núcleo de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês e é médico-assistente da disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), há diversos tratamentos disponíveis, que vão de terapias às próteses penianas. “É importante que, ao menor sinal, o homem procure ajuda médica para decidir qual o melhor tratamento a seguir. A disfunção erétil é altamente tratável e tem solução permanente”.
Confira alguns tratamentos disponíveis no Brasil:
Próteses penianas
A prótese maleável é o último lançamento do mercado para tratar a disfunção erétil. Chegou ao Brasil em 2021, mas já existe nos Estados Unidos há aproximadamente três anos. É composta por duas hastes de silicone, que são inseridas nos corpos cavernosos do pênis, permitindo a ereção e a atividade sexual. Seu diferencial é a sensação tátil, semelhante à de um pênis ereto, o que traz mais conforto ao paciente, pois sugere maior naturalidade.
Além das próteses maleáveis, o mercado disponibiliza as próteses infláveis, que simulam a função peniana quando acionadas a partir de um mecanismo inserido na bolsa escrotal.
Apesar de a prótese inflável ainda ser a preferida por trazer maior discrição para o homem, seu custo é mais elevado. “No Brasil, a opção inflável tem um custo muito elevado, que se aproxima dos US$ 20 mil, diferente da que acaba de chegar por aqui e que é uma inovação em próteses maleáveis. Essa prótese custa entre R$ 7 mil e R$ 10 mil e tem cobertura dos planos de saúde”, explica o médico.
Outro ponto positivo das próteses maleáveis é a durabilidade. Se tudo correr normalmente, as próteses infláveis precisam ser trocadas de 10 a 15 anos, já a nova opção tem um prazo de vida superior a 15 anos.
Tratamentos farmacológicos e não farmacológicos
Em alguns casos, é possível tratar a disfunção erétil de forma não cirúrgica, apenas mudando alguns hábitos. A perda de peso com uma dieta saudável e equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares podem melhorar a função sexual. A terapia também pode ser uma importante aliada, quando a ansiedade e a pressão afetarem as relações.
Já de forma farmacológica, existem os inibidores da fosfodiesterase-5, medicamentos amplamente adotados no tratamento. Utilizados da forma correta, são seguros e eficazes e normalizam as ereções em cerca de quatro a cada cinco homens.