O Dr. Marcelo Afonso Daia, Coordenador da Ginecologia do Hospital Albert Sabin, fala sobre essa doença feminina
A endometriose se caracteriza pela presença do tecido endometrial, que reveste o interior do útero, fora da cavidade uterina, em locais como as trompas, ovário, intestino e bexiga.
A camada mais interna do útero chama-se endométrio e, durante a menstruação, ocorre uma descamação desse tecido, causando essa disfunção.
“Muitas vezes, o diagnóstico dessa doença é tardio por ignorarmos sintomas como dor e outras queixas da paciente, evoluindo para uma endometriose profunda e mais difícil de se tratar”, explica o Dr. Marcelo Afonso Daia, Coordenador da Ginecologia do Hospital Albert Sabin (HAS).
A endometriose é assintomática em muitas mulheres, no entanto, algumas delas apresentam manifestações como:
- Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
- Dor pré-menstrual e durante relações sexuais;
- Fadiga crônica e/ou exaustão;
- Sangramento menstrual intenso ou irregular;
- Alterações intestinais e urinárias durante a menstruação;
- Dificuldade para engravidar.
O diagnóstico é realizado por meio de avaliação clínica e exames de imagem como o ultrassom e a ressonância magnética com preparo intestinal.
Já o tratamento da endometriose é embasado nos objetivos e sintomas da paciente. Entre as opções estão a indicação de cirurgia minimamente invasiva, por laparoscopia ou robótica, e o controle adequado por hormônios.
“Para a melhor escolha, são avaliados itens como idade, desejo ou não de engravidar e tipo da doença, que pode ser localizada nos órgãos genitais ou, no caso da endometriose profunda, em órgãos como intestino e bexiga”, diz o Dr. Marcelo.
Importante destacar a importância da consulta de rotina anual ao ginecologista. “Esse simples ato pode prevenir e evitar que essa e outras doenças evoluam durante o percurso da vida”, finaliza o médico.
Escute o doutor: https://youtu.be/