O Brasil lidera o ranking latino-americano de reprodução assistida com o maior número de fertilizações in vitro (FIV), inseminações artificiais e transferência de embriões realizadas, conforme informações da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA). Sendo referência nesse mercado, o país recebeu, nos dias 12 e 13 de setembro, em São Paulo, a Missão do Governo de Angola para conhecer a dinâmica brasileira neste segmento.
A população angolana soma 33 milhões de pessoas e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 1 milhão delas tenham problemas para engravidar. Para permitir que esta parcela da população consiga realizar o sonho de ter filhos sem precisar sair do país, o Governo de Angola sancionou, no segundo semestre de 2021, a Lei da Reprodução Humana Medicamente Assistida, que prevê a criação de um banco de gametas e barrigas de aluguel. Até então, os angolanos precisavam buscar atendimento para a infertilidade em outros países, e os principais destinos eram os de língua portuguesa, tais como Portugal e Brasil.
A Comitiva do Governo de Angola foi representada pela Dra. Manuela Mendes, diretora do Hospital e Maternidade Lucrécia Paim e do Hospital Materno Infantil, sediados na capital Luanda, e pela Dra. Antônia Sampaio, coordenadora de assuntos educacionais na área de saúde.
“A Angola está se preparando para receber o que há de mais moderno para o atendimento clínico, cirúrgico, procedimentos laboratoriais, além de um centro de estudos e de formação para especialização médica em reprodução assistida, assim como abrigar o primeiro banco de óvulos e sêmen do país”, afirma a Dra. Manuela.
Enquanto esteve no Brasil, a Missão angolana visitou laboratório de genética, bancos de importação de óvulos, banco nacional de sêmen, empresas de equipamentos e meios de cultivo embrionário, empresas importadoras, clínicas privadas e o Hospital Pérola Byington – principal serviço público de assistência à mulher com uma clínica de reprodução assistida.
Da esq. p/ a dir.: Viviã de Sousa, editora-chefe da EVOLUTION; Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Abimo; Dras. Manuela Mendes e Antônia Sampaio, representantes da Comitiva de Angola; Luiz Fernando C. Silva, superintendente da FBH; e Erivelton Laureano, membro Advisory Board EVOLUTION | Créditos: EVOLUTION.