Você já ouviu falar em Febre do Beijo? A conotação está longe de ser algo relacionado aos sintomas da paixão, mas sim a doenças que podem ser transmitidas pelo beijo na boca.
Para o Dr. Ullyanov Toscano, especialista em cabeça e pescoço, essa época de verão e Carnaval merece cuidado, pois há riscos nos excessos de parceiros (as).
“Existem várias doenças que aumentam a incidência neste período, como resfriados e gripes, causadas pela aglomeração e o contato íntimo. A mononucleose, que também é uma virose com sintomas comuns, pode causar febre mais alta e a presença de adenopatias, popularmente chamadas de ‘ínguas’. Doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ter incidência”, argumenta o especialista.
O intervalo entre a data do primeiro contato com o vírus até o início dos sintomas da mononucleose é de até 45 dias. Uma vez infectada, a pessoa pode permanecer com o vírus no organismo para sempre e, em circunstâncias especiais, ele ainda pode ser transmitido.
Também é preciso ficar atento a sinais como febre, dor de garganta, fadiga, ínguas, bolhas, feridas, verrugas, perda de apetite, dor retro ocular. Geralmente, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) se manifestam desta forma.
O HPV é um dos que podem ser transmitidos pela saliva. Provoca a formação de verrugas na pele, nos lábios, boca, cordas vocais, além das regiões anal, genital e da uretra.
“Não existe beijo 100% seguro e a única forma de prevenção é evitar o contato íntimo”, sinaliza o Dr. Toscano ao revelar que alguns cuidados também podem ser tomados, como evitar beijar quem tem feridas na região, além de não levar às mãos a boca.
O médico deve ser consultado após a persistência dos sintomas por mais de duas semanas. O tratamento recomendado consiste em combater os sintomas com antitérmicos, analgésicos, anti-inflamatórios, hidratação e bastante repouso.