De 30 a 50% das mulheres têm infertilidade por causa da doença
São Paulo, janeiro de 2025 – Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a endometriose afeta uma em cada 10 mulheres no mundo. Estimativas do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, oito milhões de mulheres enfrentam a doença e, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a condição é a causa da infertilidade para 30 a 50% das pessoas do sexo feminino.
“A doença é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial – que normalmente reveste o útero – em outras áreas do corpo, como nos ovários, tubas uterinas, intestinos e bexiga. Esse aumento descontrolado gera uma reação inflamatória, que pode levar à formação de fibrose (tecido cicatricial). Dependendo da localização e do grau de comprometimento, a endometriose pode obstruir tubas, dificultando a fecundação, ou afetar os ovários, prejudicando a produção de óvulos”, explica o Dr. Frederico Correa, especialista em reprodução assistida e coordenador da unidade de Brasília da Clínica Huntington.
Existem três tipos principais de endometriose: superficial, de ovário (endometriomas) e profunda. A superficial afeta a superfície do abdômen, podendo atingir órgãos como bexiga e intestinos. Já a de ovário é caracterizada pela formação de cistos nesses órgãos, e a profunda é a forma mais grave, com lesões que comprometem órgãos vitais da região pélvica.
Dr. Frederico esclarece que os sintomas da endometriose variam de pessoa para pessoa, mas entre os mais comuns estão cólicas fortes, dores durante as relações sexuais e, em muitos casos, a infertilidade. “Quando se trata de fertilidade, a endometriose representa um grande desafio. Dependendo do grau de lesão, a obstrução das tubas uterinas e a diminuição da qualidade dos óvulos podem tornar a gravidez natural mais difícil. Nesse contexto, a Fertilização in Vitro (FIV) se destaca como uma solução eficaz”, afirma.
A FIV permite que a fecundação ocorra fora do corpo, contornando as obstruções nas trompas e proporcionando melhores chances de sucesso para as mulheres que enfrentam a endometriose. No procedimento, é feita a coleta dos óvulos e espermatozoides, que são fertilizados em laboratório antes de serem implantados no útero.
Embora a endometriose seja uma doença de grande impacto, com tratamentos adequados, incluindo a medicina reprodutiva, muitas mulheres conseguem superar as barreiras de fertilidade e realizar o sonho da maternidade. “É muito importante ter um acompanhamento médico especializado para identificar o melhor tratamento, considerando o tipo e a gravidade da doença”, conclui o especialista.
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