Hcor Explica: como diferenciar tumor, cisto e nódulo ginecológico?

Grande parte das alterações clínicas é considerada benigna, mas é importante procurar assistência médica da mesma forma

Existe uma infinidade de termos na medicina e é comum que alguns deles causem um certo medo. Quando esses nomes aparecem em uma consulta ginecológica, como tumor, cisto e nódulos, podem ser ainda mais assustadores. Entretanto, de acordo com a cirurgiã oncológica do Hcor, Audrey Tsunoda, nem sempre significam algo maligno.

“Tumor é um aumento de volume em alguma parte do nosso corpo. Quando o conteúdo é sólido e maciço, nós chamamos de nódulo. Por outro lado, quando é líquido e mole, chamamos de cisto, que são as formações mais comumente encontradas nos exames ginecológicos”, afirma.

Segundo a médica, para que um tumor se torne câncer é preciso ter fatores agravantes, como predisposição genética e hábitos não saudáveis. “Manter uma dieta rica em alimentos benéficos à saúde e uma boa rotina de exercícios físicos melhora muito a qualidade de vida e aumenta as formas de prevenção contra qualquer tipo de câncer”, explica a especialista.

Para ajudar na identificação de cistos ou nódulos, alguns exames como a ultrassonografia, o Papanicolau e a mamografia são fundamentais. A partir deles, é possível identificar alterações pequenas, ainda não perceptíveis aos toques. Entretanto, para que o diagnóstico seja mais preciso, a ressonância nuclear magnética é o exame mais avançado que se tem para diferenciar nódulo de cisto.

“Quando existe um fator de risco relacionado a alguma doença, os exames de rastreamento devem começar mais cedo do que o recomendado pelo Ministério da Saúde. Por exemplo, é indicada a realização do Papanicolau a partir dos 25 anos, mas toda mulher que já teve relação sexual deve iniciar seus exames preventivos. A mamografia deve ser feita a partir dos 65, mas podemos antecipar para os 40 anos para que as mulheres tenham ainda mais segurança”, aponta a Dra. Audrey.

A especialista informa que, após um diagnóstico de um tumor, não há necessidade de desespero, pois entre 80% e 90% das alterações são benignas, ou seja, não têm consequências graves para a saúde, mas é importante procurar assistência médica para tratar a doença.

“A medicina avançou muito na última década e, cada vez mais, surgem novas técnicas de cirurgia e de detecção de alterações. Hoje, já conseguimos calcular precisamente quanto de algum tratamento o paciente necessita e isso nos dá muita esperança para os próximos anos, principalmente para a área da oncologia, que é uma batalha diária para quem enfrenta uma doença maligna”, conclui.

NOTÍCIAS
MAIS LIDAS

Cerca de três milhões de pessoas são usuárias de vape no Brasil. Dados apontam que hábito pode…
Ginecologista Loreta Canivilo explica causas, prevenções, tratamentos e sintomas de candidíase, vaginose bacteriana e infecções urinárias Assim…
Tatiana Mattos é enfermeira e gestora da clínica Origen BHA Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que…
Bettina Boklis, empreendedora, consultora de marketing, escritora e mãe solo, lançou em 2021 seu primeiro livro, “Maternidade…

CADASTRE-SE PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER E REVISTAS