O Hospital Alemão Oswaldo Cruz promove neste sábado, 6 de abril, o I Simpósio de Endometriose. O evento, voltado para médicos e profissionais de saúde, tem como objetivo compartilhar conhecimentos e o que há de novo no diagnóstico e tratamento da endometriose, doença que afeta cerca de 190 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Trata-se de uma doença ginecológica em que o tecido que reveste o útero cresce fora do órgão e pode se espalhar pelos ovários, trompas, intestino, bexiga e outras partes do corpo, causando dor crônica, cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais e infertilidade. A endometriose requer diagnóstico precoce para garantir que o tratamento ocorra nas fases iniciais, possibilitando o melhor desfecho às pacientes. Muitas vezes, o diagnóstico conclusivo leva anos para ser definido, já que os seus sintomas podem ser confundidos com outras condições.
Durante a programação, terão mesas de discussões que serão divididas por assuntos:
- Endometriose: epidemiologia e fisiopatologia da doença, sintomas, efeitos psicossociais e endometriose e infertilidade;
- Diagnóstico: exames clínicos e laboratoriais no diagnóstico da endometriose, papel da ultrassonografia no diagnóstico da doença, papel da ressonância magnética de pelve, relação entre endometriose e neoplasias malignas;
- Tratamento clínico: tratamento medicamentoso da endometriose, manejo da dor na paciente com a doença, uso dos canabinoides na endometriose, a importância da fisioterapia e nutrição para o tratamento da doença;
- Tratamento cirúrgico: princípios da abordagem cirúrgica da endometriose, endometriose de vias urinárias e intestinal, cirurgia robótica no tratamento da doença.
De acordo com o ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e coordenador do evento, Dr. Rogério Tadeu Felizi, entre as formas de prevenção e tratamento da endometriose estão a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, controle do estresse e a realização de exames ginecológicos de rotina.Além disso, é importante que as mulheres conheçam o seu próprio corpo e estejam atentas a qualquer alteração em seu ciclo menstrual. “Os principais sintomas clínicos da doença são dor pélvica crônica, alterações intestinais (dor à evacuação, sangramento nas fezes, aumento do trânsito intestinal durante o período menstrual), alterações urinárias e infertilidade. Embora estas manifestações sejam muito sugestivas de endometriose, não são exclusivas desta doença, por isso, requer um diagnóstico diferenciado”, explica.
Atualmente, os procedimentos robóticos são a melhor opção para o tratamento cirúrgico da endometriose, pois permitem a remoção do tecido excedente, e possibilitam ao cirurgião acesso a estruturas do organismo que não eram possíveis nos procedimentos laparoscópicos. As cirurgias se tornam mais precisas, rápidas e menos invasivas, facilitando a recuperação das pacientes. Com a tecnologia da robótica o médico tem uma visão 3D ampliada em 10 vezes da área afetada e traz menos morbidade para as pacientes que, em geral, recebem alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento. Além de menos riscos de complicações, a cirurgia robótica tem menos sangramento e dor no pós-operatório e pela recuperação mais rápida.
Serviço:
I Simpósio de Endometriose do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Data: 6 de abril – sábado
Horário: das 07h30 às 15h30
Formato: presencial e gratuito
Local: Hospital Alemão Oswaldo Cruz
R: Treze de Maio, 1815, Torre E – 1 sub solo – Bela Vista