MSD desenvolve estudo para avaliação da prevalência do HPV na população transgênero

A Pesquisa deve contar com a participação de 300 pessoas, e a entrega dos resultados está prevista para 2025

Há muito tempo a população transgênero tem lutado para conquistar mais visibilidade e direitos em diversas esferas sociais, incluindo a área da saúde. Além disso, ainda há uma lacuna significativa no conhecimento científico sobre as necessidades específicas e os desafios enfrentados por essa comunidade. Por isso, a MSD Brasil desenvolve um estudo no país que irá avaliar a prevalência e como estão distribuídos os diferentes tipos do papilomavírus humano (HPV) entre pessoas transgênero.

A pesquisa é fundamental para avançar na compreensão de questões médicas complexas e aprimorar a prestação de cuidados de saúde a grupos específicos. No contexto da população transgênero, a falta de informações precisas e atualizadas pode levar a disparidades na assistência médica e em cuidados em saúde, dificultar diagnósticos adequados e limitar o acesso a tratamentos modernos e eficazes.

Existe uma escassez de dados sobre prevalência de HPV na população transgênero no geral, além de demais informações em saúde sobre essa população. Portanto, esses dados são importantes para garantir uma discussão que possibilite a inclusão e o acesso à vacinação a esta população no PNI.

“Infelizmente, a população LGBTQIAPN+, principalmente a população transgênero, ainda é sub-representada em muitos estudos científicos, o que limita a generalização dos resultados e a aplicabilidade dos tratamentos”, enfatiza Estevam Baldon, gerente médico da MSD Brasil. “É crucial que mais pesquisas sejam realizadas com foco nessa comunidade, a fim de eliminar essa disparidade e garantir que as necessidades de saúde específicas de pessoas trans sejam devidamente atendidas”.

Outro ponto importante é o empoderamento da população transgênero por meio da pesquisa. Ao participar de estudos científicos, os indivíduos têm a oportunidade de contribuir para o avanço da ciência e melhorar a compreensão de sua própria saúde. A inclusão de pessoas trans em pesquisas ajuda a desafiar estigmas e preconceitos, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.

Sobre a pesquisa

A pesquisa vai avaliar indivíduos que se auto identificam como transgênero (termo que abrange travestis, mulheres transgênero e homens transgênero, indivíduos de gênero diverso e indivíduos não-binários), maiores de 18 anos de idade, e que já tenham tido qualquer tipo de contato sexual. O período de recrutamento total será de 12 meses, com início previsto para outubro de 2023 e finalização em setembro de 2024, e a participação de 300 voluntários. Já os resultados devem ser publicados no segundo semestre de 2025.

Um dos objetivos do estudo é a geração de dados locais sobre prevalência e distribuição dos tipos de HPV nessa população. “As informações reunidas na pesquisa podem ser utilizadas para discussões de políticas públicas em saúde, que podem facilitar o acesso da população trans à vacinação”, explica Estevam. “Além de contribuir para o desenvolvimento de recomendações preventivas e de cuidado e educação em saúde contínuas, garantindo a equidade de direitos a esses grupos minorizados e aumentando sua visibilidade perante a sociedade”, completa.

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