Mudança nos paradigmas da reprodução humana é abordada em conferência na Arábia Saudita

O mestre em medicina reprodutiva, Dr. Matheus Roque foi o único brasileiro a conceder aulas na Conferência Anual da Sociedade de Medicina Reprodutiva e Embriologia realizada na Arábia Saudita entre os dias 16 e 17 de fevereiro.

O médico, que é diretor científico da Mater Lab e da Mater Prime, em São Paulo, teve a oportunidade de visitar diversas clínicas de reprodução no país para consultoria.

Já na Conferência, Roque foi o responsável por duas aulas com os seguintes temas:  “rLH para o tratamento e prevenção de pacientes de baixo prognóstico” e “A preparação ideal do endométrio para a transferência de embriões congelados e descongelados: uma mudança de prática?”.

Na primeira pauta, as mudanças de paradigmas nos tratamentos de reprodução para pacientes de baixo prognóstico, foram abordadas. Roque explica que atualmente existem muitos exames e estratégias que são feitos ou indicados para pacientes com falhas de implantação, que já tenham feito diversas transferências  embrionárias sem sucesso, assim como aborto de repetição.

“Eu preconizo para as pacientes do mundo todo, que não precisamos aguardar pelas falhas ou pelos abortos para fazer toda a investigação e se necessário iniciar com algum tratamento desde o início. É importante cercar todos os fatores e investigá-los”, diz Roque.

Dessa forma, a investigação pode ser iniciada assim que o paciente procura uma clínica. “Isso porque os tratamentos de reprodução vêm associados a, principalmente, um desgaste emocional enorme, desgaste físico também e financeiro”, afirma.

Desistência x sucesso no tratamento 

De acordo com Roque, estudos apontam que de 20 até 30% das pacientes que têm insucesso no tratamento, não partem para outro, elas o abandonam, o que no meio da medicina é denominado “dropout”.

“Caso aguardemos para fazer os exames e realizar uma investigação após as falhas, terão pacientes que não vão querer seguir o tratamento. Apesar do resultado negativo, elas poderiam ter tido um sucesso, que pode não ter chegado pelo problema não ter sido investigado e cuidado adequadamente desde o princípio”, ressalta.

O médico pontua que essa foi uma das grandes abordagens para que os profissionais de reprodução humana possam otimizar ao máximo possível o resultado em tratamento de fertilização desde o início.

“É importante ter um olhar sobre toda investigação, todo o  preparo para se iniciar a estimulação e as diferentes estratégias que podem ser implementadas para estimulação ovariana, baseada em  diferentes perfis de pacientes. Assim como todos os cuidados a serem tomados com o esperma do marido ou de um banco de sêmen quando será realizado um tratamento. Olhar para a equipe de embriologia no laboratório, que está lidando com esse material, e depois ter todos os cuidados quando partir para uma transferência embrionária, são extremamente importantes e seguem forte numa tendência mundial”, finaliza o especialista.

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