Qual a importância das vitaminas para a saúde reprodutiva? Ginecologista explica

Aproximadamente 15% dos casais inférteis possuem níveis baixos de vitamina D

As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para o funcionamento adequado do organismo humano. Elas são micronutrientes necessários para uma variedade de processos metabólicos, assim como para o crescimento e desenvolvimento. Porém, elas não são produzidas pelo corpo em quantidades suficientes e geralmente precisam ser obtidas através de dieta.

Dentre os processos em que as vitaminas atuam no corpo, está relacionado a qualidade da saúde reprodutiva, tanto de homens, quanto de mulheres. De acordo com o estudo Vitamin D and Miscarriage: A Systematic Review and Meta-Analysis – Fertility And Sterility, aproximadamente 15% dos casais inférteis possuem níveis baixos de vitamina D.

Ana Clara Pontes, médica ginecologista da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), comenta: “Bons níveis de vitamina D antes de engravidar estão associados ao aumento da taxa de gestação e diminuição da taxa de abortos”.

Ela ajuda, tanto na formação da placenta, como na implantação do bebê. Segundo a médica, os baixos níveis de vitamina D podem influenciar em complicações obstétricas, como aumento de pressão, trabalho de parto prematuro e até mesmo diabetes gestacional.

O ácido fólico, uma forma sintética da vitamina B9, também é um aliado da saúde gestacional. Ele é encontrado em uma variedade de alimentos naturais, como por exemplo vegetais folhosos verde-escuros, como espinafre, couve, alface romana e rúcula.

“Ele está envolvido no processo de formação do sistema nervoso do bebê. Quando temos baixos níveis de ácido fólico, muitas vezes, a criança pode nascer com malformações do tubo neural”, afirma Ana Clara Pontes.

Já a vitamina E tem o papel de proteger os espermatozóides, melhorar o útero para implantação e reduzir o risco de aborto. Uma deficiência dessa vitamina pode levar a outros problemas de saúde, como fraqueza muscular, problemas de visão e comprometimento do sistema imunológico.

A Dra. Andrea Barrueco, também médica ginecologista associada à AMCR, diz: “A vitamina E é responsável por agir no equilíbrio hormonal, reduzir danos do DNA e pode ser encontrada em óleos vegetais, frutas como o abacate e em peixes, sendo o salmão e a truta os mais interessantes para a obtenção dela”.

No caso da vitamina C, ela também tem um papel fértil. Para os homens, protege os espermatozóides contra danos e age na manutenção da motilidade e integridade do mesmo. Para as mulheres, não só ajuda na absorção de ferro, mas também é importante para um sistema imunológico robusto e para a produção de hormônios sexuais.

“É importante frisar que nada substitui uma alimentação balanceada e uma boa qualidade de sono, isso é fundamental para a fertilidade. O estresse, a poluição e o cigarro podem provocar danos em nossas células reprodutoras e as vitaminas agem como protetores ao desempenhar um papel preventivo”, ressalta e finaliza a Dra. Andrea Barrueco.

Sobre a Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR)

A AMCR – Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil – é uma entidade sem fins lucrativos, suprapartidária. Fundada em março de 2021, pela médica ginecologista, Prof. Dra. Marise Samama, possui 47 associadas, pós-graduadas da área da saúde, distribuídas em todas as regiões do Brasil. A associação é fruto da vontade dessas mulheres (cientistas, médicas, biomédicas e profissionais de saúde), que defendem a igualdade de oportunidade entre gêneros, reconhecimento e valorização da mulher e da ciência e atuação das mulheres nas áreas de saúde feminina e Reprodução Humana. Para saber mais informações, acesse o site.

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