De acordo com urologistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), a varicocele prejudica à saúde dos espermatozoides e à fertilidade de homens
O número de cirurgias para tratar uma causa comum de infertilidade em homens, a varicocele, superou a quantidade realizada antes da pandemia da Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram feitas 4.809 intervenções para corrigir o problema em 2019. No ano em que se registrou o fim da crise sanitária, em 2023, a soma chegou às 5.178 intervenções.
Varicocele é causada pela dilatação em excesso das veias do cordão espermático dos testículos. A causa é pouco conhecida, mas pode estar relacionada a condições genéticas. Geralmente, acomete o testículo esquerdo e pode estar presente em, aproximadamente, 15% dos homens. O problema ocorre próximo da puberdade – depois dos 14-15 anos – e 30% de quem é diagnosticado com a doença pode lidar com a infertilidade.
Os sinais mais comuns da varicocele são: diminuição do testículo acometido pelo problema, sensação de peso e calor no saco escrotal e dor na região. O urologista associado ao grupo de andrologia do Serviço de Urologia do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) – área responsável pela saúde sexual do homem -, Dr. Rafael Ambar, explica que os casos costumam ser assintomáticos, os incômodos são exceções. Por isso, o exame físico é fundamental.
“Até 40% daqueles que apresentam dificuldade de engravidar suas parceiras podem ter varicocele. Como o problema é assintomático, o paciente procurar por atendimento especializado quando lida com essa situação [dificuldade de engravidar sua parceira]. Por isso, geralmente o diagnóstico é tardio, mas com a tecnologia atual, os procedimentos são um sucesso! E, entre seis e nove meses após a cirurgia, é possível verificar mudanças”, comenta o especialista.
A cirurgia é o único tratamento disponível para varicocele. Caso sintomas surjam, consulte-se com um urologista.
Sobre o Iamspe
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 160 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.
São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital.